quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A arte de dar golpes

           Em apenas um ano de faculdade pude perceber que ela não ensina só conhecimentos na sua área e é uma boa fonte de amizades, é inegável que ela também ensina uma grande arte: a arte de dar golpes.
           É impressionante como muitos alunos passam mais tempo planejando como enganar os professores do que realmente estudando.
           Como copiar um trabalho do Google e mexer nas formatações de texto e em algumas palavras para não parecer copiado. Como pegar o trabalho de um colega que já fez aquela cadeira. Ou como conseguir um "contato" para fazer um atestado médico e solicitar abono de faltas. 
           Como se posicionar estrategicamente na sala de aula (ou no fundo, ou atrás de um grandão, que sou geralmente eu) para possibilitar de alguma forma que não sei como tirar uma nota melhor na prova. Ou como produzir resumos com fontes minúsculas para colar e onde posicioná-los durante a execução da prova, feitos as vezes com tanta pressa que sai uma "regra da cadeira" (haha, essa foi hilária).
Esse se deu bem na prova de cálculo
           Como dar chamada em nome do seu colega para que, quando você precise, ele possa retribuir, isso é o mais frequente, é até algo bem normal. Ou como convencer seus colegas a colocar o seu nome em um trabalho de grupo, em que você não contribuiu em nada e, sinceramente, isso é o que mais me revolta.
           Enfim, em grande parte dos anos na faculdade, você está sempre treinando a arte de dar golpes.
Acho que é por isso que quem está formado tem direito à cela especial na cadeia, afinal, ele não está ali por acaso, ele estudou muito para isso.
Poxa cara, olhando assim até dá vontade de ser preso...

Controle Remoto

Eu, Filosofando
              As vezes quando tô assistindo tv bate um tédio e começo a filosofar sobre qualquer coisa que eu vejo, nessa última vez senti algo desconfortável em minhas costas, era o controle remoto.

            Todo homem é viciado em controle remoto. Isso é um fato. Mas o que eu acho é que quem o inventou foi uma mulher. Porque antes de existir o controle remoto, o cara ficava deitado no sofá, tomando cerveja e gritando.
            -Amoôoorr, troca ali o canal!
            Devia dar um trabalhão, até porque desde criança homem que é homem adora mudar de canal.
            Mas parando pra pensar, tenho mais pena ainda é do controle remoto. Porque se você analisar bem ele é o objeto na sua casa que é mais mal tratado. Vive sendo derrubado no chão, vive levando porrada. Tanto que já vi muitos com um durex atravessado.  E se o controle remoto não está pegando, ninguém pensa em tentar consertar. A solução é sempre dar porrada nele. 
Tão querido e tão maltratado...

            Todo homem tem mania de tentar ajeitar as coisas. Se derem para um homem uma bomba atômica com defeito, ele vai tentar abrir, ver o que é, analisar. Mas com o controle remoto, não. É na base da porrada. Eu também não sei porque as pessoas pensam que apertar o botão com mais força resolve quando a pilha está fraca. Não faz sentido. A pilha está fraca, troca. Não precisa machucar o controle.
            Agora imagine essa situação: você está velho, doente, com uma faixa atravessada em você. E de vez em quando aparece um sujeito que pega você e lhe enche de porrada. Qual seria a sua reação sempre que visse esse cara? Iria se esconder né? É por isso que os controles vivem desaparecendo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Desculpa, é engano...

           Até onde eu consigo, eu sou bem educado com estranhos. Por mais que eles me xinguem, xinguem minha conduta, minha inexistente amante, meus supostos amigos, me despedacem em xingamentos, eu sou bem educado com estranhos.
           Desde do início de Novembro tem uma mulher, uma senhora, que vem me ligando de madrugada achando que eu sou seu filho eu acho, filho esse bem mal educado por sinal. As vezes é uma voz mais jovem, o que me leva a entender que ele tem, ou tinha, uma namorada. Nessas vezes, é bem pior.
           Isso não é da minha conta, eu sei, mas... Não tô mais dormindo direito, quando durmo, e nem estudando muito bem, o que faço na maioria das madrugadas. Quando eu menos espero toca aquela musiquinha que eu coloco pra números que não conheço (depois de hoje coloquei uma musiquinha especial pro número "engano") e lá vou eu ou achar que alguém morreu (quando ligam de madrugada, é porque alguém morreu né?) ou ouvir mais uma gritaria de mulheres que não conheço.
            Certa vez, essa não esqueço, ela me xingou, me xingou, me xingou, me disse pra voltar pra casa, me xingou, xingou minha amante, xingou meus amigos, depois de eu finalmente perceber que não era eu (depois de tanto ela me xingar, já tava quase acreditando que era comigo), falei, como todas as outras, um singelo "desculpa, é engano". Ela pediu desculpas e desligou. 3 segundos depois (não deu tempo nem de soltar o celular) ela me liga de novo e diz "É tu sim, seu vagabundo, é melhor tu largar essa piranha e vir pra casa agora, antes que tua mãe acorde!" E então, em vez de dizer que é engano, eu falei: "Você é minha irmã?" E ela falou: "Tu tá bêbado, cachorro sem vergonha? Tu sabe que tu não tem irmã!" Daí eu: "Não tenho irmã? Então é engano."
Ligação errada na madrugada ninguém merece ¬¬
            Daí ela desligou, acho que finalmente ela acreditou x)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Alone in the Dark

Cara eu queria fazer um post bunitin sobre a semana da Engenharia Elétrica na UFMA, das coisas boas que aprendi, das pessoas que lá conheci, de tudo que vi e ouvi e de certos casos que não parei de rir, maaaas... Não tem jeito, sempre a minha brincalhona vida reserva o melhor pro final.
                Não me entenda mal, o motivo principal de eu pensar em fazer um blog era falar da facu, da alta tensão que é fazer engenharia elétrica e até coloquei inicialmente um plano de fundo que me lembra a capa do meu livro de circuitos, mas quando penso em tc sobre isso acaba acontecendo coisas bem, er, coisadas comigo e acabam tomando espaço por aqui e hoje não foi diferente...
                Estou eu saindo da UFMA pela noite, depois de ter participado bastante das palestras pra um simples espectador (acho que me empolguei um tikin) felizão mesmo em um ônibus super saturado, vejo lá seu Jorge, que me olhou violentamente no dia anterior, mas inté ai tudo fine, tudo right.
                Foi quando eu peguei o segundo ônibus, quase vazio, que minha crônica começou: Depois de ligar pra mamãe dizendo que estou a caminho, um dos trens de sono que esta semana tem passado em minha estação de duas em duas horas me leva.
                -Ei! Ei! –ouço vozes? –Ei tu ai do fundo!
                O cobrador me acorda alguns segundos depois.
-Hã? –respondo confuso.
-Onde vai ficar?
-Ah, na próxima! –Falo puxando a corda e sabendo que devo ter passado da parada.
-Cara, que sorte hein? -Fala ele se achando por ter me acordado bem na hora, pelo menos é o que ele acha.
-Pois é... –Acho que sorte não é bem a palavra.
Desço do ônibus e a medida que recobro os sentidos, passo ver ao redor e... CARA ONDE É QUE EU TÔ? Uma avenida mal iluminada no meio do nada, eu não devo estar tão longe de casa, certo? Errado. Finalmente olho as horas e percebo que dormi por meia hora! Meia hora X Um ônibus correndo sem parar = EU TO LASCADO, LASCADIN NA PEDRA!
Pá dizer que sou eu e que tá de noite x)
Totalmente LOST em Nowhere, Alone in the Dark, vago pela avenida procurando a parada mais próxima quando percebo que não estou tão alone assim... Um grupo de garotos suspeitos estava sentado a alguns metros a minha frente, esperando o sinal fechar pra pedir umas moedas, talvez.
Cruzo a avenida com uma precavida pressa e quando passo por eles...
-Ei!
Continuo andando rápido e olhando fixamente pra frente, aliás, não deve ser pra mim.
-Ei, de boné!
Minha barriga mexe e me traz duas certezas: sou eu o cara que eles tão chamando e a comida da UFMA não combinou com meu organismo. Aiai... Não devia ter comido aquele feijão geneticamente alterados e aquele peixe de frescura suspeita!
-Ei mano, ta doido?
Olho para o lado. Pra minha surpresa e momentâneo alívio eu não sou o tal cara de boné. (UFA!) Era um que tava pedindo esmola lá de um carro e... Enfim, não importa. Logo depois do sinal vejo o que parece ser uma parada de ônibus e antes mesmo de eu chegar nela corro pra um que passa, sem ver nem seu nome. Qualquer lugar, por favor, menos aqui!
10 minutos depois chego a casa, não há ninguém. Pego o caderno e no banheiro esvazio tudo que tenho na cabeça e no estômago. Algum tempo depois transcrevo pro blog e... Cara, tenho três trabalhos pra fazer, duas provas pra estudar, uma apresentação pra treinar e um projeto pra construir! Por que, meu Deus, por quê? Dx

sábado, 6 de novembro de 2010

Primeira Postagem

        Por onde eu passo tem sempre alguém (que provavelmente tem um ou mais blogs) que me pergunta: "Ei! você tem blog?" Agora tenho. Feliz?
        Quando uma pessoa nasceu para viver crônicas doidas, divertidas, engraçadas e por  muitas vezes inesperada (ou todas elas) não tem jeito, até fazendo esse blog eu me meto em confusão.
         Tudo começa quando eu, em vez de sair do computador e ir dormir quando termino de conversar no msn, resolvo criar um blog, sinceramente sem motivo e sem ideia de como fazê-lo. Pois bem, estou eu aqui fazendo meu blog, personalizando, vendo exemplo de outros e uns não tão exemplos assim e não percebo que o tempo não para, não anda, não rasteja, não pula, não se senta e nem se deita, mas ele corre se a gente deixar e se não deixar também. Minha mãe abre a porta do quarto e aquele som da porta abrindo foi o trovão avisando a tempestade que ia vir. Apesar de estar de costas, eu vi seus olhos me flagrando no computador e rapidamente olho (devia ter olhado antes) o clássico reloginho digital no monitor. QUATRO HORAS!! DROGA! TO FERRADO!!
         Lá vou eu ouvir um grande sermão (mais longo do que eu achei que seria e com certeza mais curto do que ela queria) recheado de xingamentos coloridos e com cobertura de hálito de quem acorda no meio da madrugada.
        Enfim, com o sermão ainda sendo digerido, vamos à sobremesa: depois de ela ter voltado a dormir (incrível que toda vez que eu fico até tarde ela acorda no meio da madrugada) e eu ter desligado o computador, vou dorm...
        -EPA! Cadê meu lençol, a fronha do travesseiro e a colcha da cama? Ih! Lembrei! Mamãe tirou pra lavar!
        Acabou que eu esqueci de pedir outro e ela esqueceu de me dar... Então peguei meu caderno, grafite e... Cadê a borracha?... ... Achei! E escrevi isso, antes antes que fosse sufocado por outro 'causo' e eu acabasse me esquecendo.
        Aiai... Como é que eu vou dormir nesse frio?
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