O Bing incomoda o Google. O buscador da Microsoft, que foi lançado em 2009, conquistou 17% do mercado americano - e, se for somado com o Yahoo (que também utiliza a tecnologia de buscas da Microsoft), chega a 30,8%. Por isso o pessoal do Google passou a acompanhar o concorrente de perto. E a notar que certos resultados do Bing ficavam cada vez mais parecidos com os apresentados pelo próprio Google. Plágio?
As suspeitas recairam sobre a Bing Toolbar, uma barrinha de ferramentas distribuída pela Microsoft. Esse programa traz atalhos para fazer pesquisas mais rapidamente. E também monitora, com o consentimento do usuário, a navegação: vê no que a pessoa clicou e manda essas informações para a Microsoft, que usa os dados para aperfeiçoar o Bing. Acontece que de vez em quando os usuários da Bing Toolbar também faziam pesquisas no Google. E quando isso acontecia... Bingo. A Microsoft gravava os resultados gerados pelo Google, via em quais deles as pessoas clicavam e incorporava tudo a seu próprio buscador. Veja como os engenheiros do Google descubriram isso:
1. A armadilha:
Engenheiros do Google criam uma armadilha: a palavra "hiybbprqag", que não significa nada. Ela é inserida nos resultados das buscas do Google - se alguém digitá-la, obterá um link (que leva a um site criado pelo Google).
2. A operação:
Vinte engenheiros do Google instalam o programa Bing Toobar, da Microsoft, em seus computadores. Sua missão: googlar o termo falso ("hiybbrqag") e clicar no resultado que aparece na tela. O objetivo é induzir o programa da Microsoft a copiar essa informação.
3. A comprovação:
Vinte dias depois, a palavra maluca aparece nos resultados do Bing, inclusive apontando para o mesmo link. Ou seja: o Bing incorporou uma informação sem sentido, plantada pelo Google - que apresenta isso como prova.
4. Indo mais além:
Concluído isso, relacionaram a expressão “delhipublicschool40 chdjob” a uma instituição de crédito. NADA COM NADA.
Tempos depois no Bing...
Tirem suas próprias conclusões ;)