Pra quem não conhece aqui vai a sinopse: "Carregado de simbologia católica e famoso por divulgar o número 666 como a marca da besta, A Profecia retrata um embaixador americano que adota um bebê na Itália e, tempos depois, passa a suspeitar que a criança é o mal encarnado, o próprio filho de Satanás." Ah, antes de começar é bom dizer que em inglês o filme se chama "The Omen". Guarde bem esse nome.
Antes mesmo de começar as filmagens, o roteirista Bob Munger já tinha suas apreensões. "Eu avisei o produtor: 'Se você fizer este filme, terá problemas. Se a grande arma do diabo é ser invisível, ele não vai deixar que você o torne visível para milhares de pessoas.'" Disse Munger, anos depois, no documentário The Curse of the Omen (Cuja tradução é o título deste post).
Aos poucos, o produtor Harvey Bernhard começou a acreditar: no set ele só andava com um crucifixo no pescoço. "O capeta estava à solta e não queria que o filme fosse feito", afirmou, também no mesmo documentário. "Estávamos lidando com elementos ocultos, que não conhecíamos, e as coisas foram ficando cada vez piores".
Incrivelmente, outro voo, o do produtor Mace Neufeld, também foi atingido por um raio. "Foram os cinco minutos mais assustadores que já passei numa aeronave", disse Neufeld. Coincidência? Outro avião, que seria alugado para levar alguns técnicos, foi emprestado a outro cliente - e despencou minutos após a decolagem, matando todos a bordo.
O hotel onde estava o diretor Richard Donner sofreu um atentado à bomba do IRA, um grupo terrorista irlandês. O cineasta também escapou por pouco de um atropelamento. Houve ainda outro atentado do IRA a um restaurante onde a equipe iria jantar em 12 de novembro de 1975. Sorte que ninguém havia chegado ao local.
Outros membros da equipe técnica sofreram um acidente de carro, mas sobreviveram sem grandes machucados. Um dublê teve de ser internado após ser atacado por um dos cães rottweilers do longa-metragem, que normalmente eram bem comportados. Já outro membro da equipe morreu ao ser atacado por um tigre!