1. Em maio de 2005, três meses antes da ação, os criminosos alugam um imóvel a cerca de 80 m do Banco Central. Eles reformam a casa e criam uma empresa falsa chamada "Gramas Sintéticas". Assim, não levantavam suspeitas com a movimentação de terra retirada do túnel cavado até o banco.
2. Com conhecimento de engenharia e com a ajuda de mapas dos sistemas sistemas subterrâneos de água, esgoto e telefone da região, eles começam a escavação. O túnel, com 80 m de comprimento e 70 cm de largura, foi construído a 4 m de profundidade e levou três meses pra ficar pronto. Para evitar desabamentos, o túnel foi escorado com vigas de madeira e revestido com lonas de plástico. Tonha até iluminação e ventiladores!
3. Entre os dias 5 e 6 de agosto (sex e sab), com o banco fechado, os ladrões perfuraram o piso da caixa-forte, que ficava no térreo. tinha 1,10 m de espessura e era reforçado com aço e concreto. Para não fazer barulho, eles usaram furadeiras, serras elétricas, maçaricos e até alicates no lugar de explosivos. Onze pessoas participaram diretamente no crime (onze homens e um segredo? hm/), mas segundo a polícia o número de envolvidos chega a 36, inclusive pessoas que trabalhavam no banco.
4. Somente quatro bandidos da quadrilha entraram no cofre. Lá dentro, eles bloquearam as três câmeras do circuito interno de vigilância com empilhadeiras
e conseguiram roubar mais de 164 milhões de reais. Só pra ter uma ideia, as notas empilhadas chegariam a 33 km de altura, quase 4 montes Everest!!
6. Como o furto só foi descoberto na segunda, os ladrões tiveram quase dois dias para fugir. Para dificultar a ação da polícia, o bando se dividiu em subgrupos, que foram para diferentes lugares. Parte do dinheiro foi enviada em malas para São Paulo e outra em carros transportados por um caminhão-cegonha, que foi flagrado em Minas Gerais. A polícia também encontro parte da grana em uma casa abandonada em Natal e em uma residência em Fortaleza.
Dois meses depois do roubo, uma série de sequestros e mortes envolvendo parentes e acusados do roubo chamou a atenção da polícia. Agentes infiltrados entre os suspeitos descobriram a identidade dos chefes da quadrilha. Com isso, 26 das 36 pessoas envolvidas no assalto acabaram presas, mas apenas 53 milhões dos 164 foram recuperados.